sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Memórias...
















Mexo e remexo nos escombros da minha alma
Procuro uma razão para este sentir,
Desatinado, incerto, deslocado....
Mas minhas memorias, parecem perdidas
Foram-se junto com tua partida...
Procuro, então olhar o horizonte,
Em busca de um sinal da tua ida...
Uma razão, para essa partida tão repentina
Tão sem razão....
E então, já sem saber o que fazer,
Coloco minhas mãos em minha face
E liberto todo o meu sofrimento,
Choro por mim... choro por ti...
Meus sentimentos trocados
Olham-te... perguntam-te porquê?
Mas mais uma vez
Minha pergunta apenas vem em eco,
E a resposta, transportada num silêncio tremendo...

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Antes que o tempo passe...

E o mundo gira à sua volta...
















A manhã despontou,
E dentro do seu quarto, sente um prazer imenso,
Por mais um acordar rodeado dos seus prémios.
Olha em volta,
Tudo está no seu lugar,
Nada mudou de sitio.
As suas pequenas fortunas,
Como lhe chama,
As suas pequenas maravilhas,
Brilham num sol de primavera.
Pensa então,
Como sua vida é perfeita,
Ou quase perfeita,
Se apenas pudesse ter dinheiro para comprar o mundo
E todos, o que nele contem.
Deitado em sua poltrona, feita quase de ouro,
Sente a paz dominar a sua vida.
Um sentimento que sempre o acompanhou,
Desde que se conhece como homem.
Mas um dia, uma tempestade assolou a sua vida,
Dominou seu coração e sua alma,
E atirou-o para um poço fundo e escuro.
E ele, perdido em si,
Deixou-se afundar, no medo
Suas maravilhas, suas riquezas,
Permaneceram intactas sobre sua mesa,
Mas seus sonhos estão a morrer,
Seus bens mais preciosos,
Estão embutidos na parede de seu quarto,
Mas sua mente, perde-se cada vez mais, a cada dia que passa,
Ele sente-se a desfalecer perante a vida,
Mas seu amado dinheiro, permanece intocável.
Até que ele se vai para um outro mundo,
E suas riquezas, permaneceram neste para sempre!

Já falei com o meu amor















Já falei com o meu amor
Já lhe contei os segredos do meu coração,
Como minha alma se alegra
Ao som da sua voz.
Já lhe expus meus argumentos
Já transcrevi meus medos, meus anseios.
Já lhe descobri, a imensidão dos meus sentimentos
E a troca de todos os meus sentidos.
Já falei com o meu amor,
Já lhe propus viver em seu coração
Alimentar a sua sede de paixão
Entregar-me em seus braços
E aninhar-me em seu regaço.
Já lhe disse, o quanto meu mundo
Morre sem a sua presença,
O quanto minha pobre vida
Perde todo o sentido.
Já falei com o meu amor...
E agora pairando sobre as nuvens
E olhando o Céu...
Meus olhos brilham,
A um amor que nunca terá fim!

Eu te amo!

Um amor que me inflama

Para que apenas por instantes...















Quando meu pensamento

Tocou tua alma,
Uma onda de harmonia
Penetrou em meu coração.
Desfiz-me de minhas incertezas
Desvaneci-me no teu corpo
Perscrutei tuas fantasias
Em busca de respostas perfeitas.
Entrei em teu olhar
Procurando ver teu interior
Teus sentimentos belos e puros...
Virei-me do avesso,
Numa busca quase desesperante
De chamar a tua atenção.
Corri atrás de desejos incertos
De memorias gloriosas...
Enfrentei as tempestades
Do meu íntimo
Lutei contra os meus sentidos.
Para que apenas por instantes....
Tu olhasses para dentro de mim...

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Vejo-te sem te olhar...











O dia nasce mais uma vez
Em nossos corações
E uma onda de nostalgia
Começa crescer dentro de nós.
Nossos sentimentos adormecidos
Jazem sobre nossas roupas intactas.
Nossos membros perderam a vitalidade
E permanecem adormecidos junto a nossos corpos.
Quase sem querer,
Começo a ver-te, mas não te olho
O fogo do meu olhar extinguiu-se
Para dar lugar a uma visão,
Já quase sem sentido.
Teus restos estão depositados
Aqui do meu lado,
Já não consigo ver tua alma
Que , provavelmente, morreu junto com a minha.
O Silêncio que paira sobre nós
Parece quase transcendental,
Feito de partes que terminaram,
Restos de uma vida mórbida e vazia.
Os lençóis que nos cobrem estão ainda imaculados,
Intocáveis... quase...
Olho-te bem de perto,
Tentando imaginar teus pensamentos,
Mas um manto de escuridão cobre meus olhos...
E nossos sentidos, foram-se...
Na maré de uma noite sem amor...

Esta minha insanidade...















Atordoei-me por um tempo já sem vida,

Por entre uma memoria já perdida.
Marquei minha distancia de ti, de mim,
E acabei presa nas teias de uma fantasia,
Mascarada de ilusão.
Inventei um tempo só meu,
Onde julguei que crescia,
Que me tornava gente.
Vivi esta minha insanidade
De espírito aberto, livre do preconceito.
Escancarei minha alma,
Desprotegi minhas certezas...
Oh, quanta mágoa atropela minha mente,
Quantos caminhos trocados percorri,
E no fim cansada tive que voltar para trás.
Quantas vezes desisti do meus recomeços,
Para ter que partir de novo.
Quantas vezes, jurei não mais me enganar,
Não mais atraiçoar aquilo que sou,
Para depois confundir-me e trocar meus passos.
Eis meus amigos, aquilo que sou
Uma pobre alma.. uma insana poeta.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Enlaça-me em teus braços










Enlaça-me em teus braços,

Protege-me dos mundos encantados,
Das memorias tristes e agoniantes.
Leva-me para alem dos sonhos,
Para alem da fantasia de desejos realizados.
Faz-me tua mulher, tua princesa,
Tua amante, tua deusa.

Enlaça-me nos teus braços

Deixa-me sentir teu abraço
Quando teu corpo se cola ao meu.
Dá-me teu ombro caridoso,
Fonte de todos os meus anseios,
Guardião dos meus devaneios.
Sê meu refúgio, minha paz,
Meu cobertor em noites frias.
Transporta-me no teu dorso,
Dá-me colo, dá-me conforto.

Enlaça-me nos teus braços,

Não quero partir sozinha...
Deixa-me rebuscar minhas recordações
Dos teus carinhos repletos, completos
De amor para dar.
Quero-te para meu esconderijo,
Quando temer que a noite me leve.

Enlaça-me nos teus braços,

E deixa-me ficar assim
Até que meus olhos se fechem...
De encontro à escuridão que caí sobre nós.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

As chamas da nossa cama... Dueto Hilde & deusaii












Não dá mais para esconder
O que está para ser descoberto
Através das nossas cobertas
Do cheiro intenso do amor


Não dá mais para aguentar
Este sentimento louco
Que teima em permanecer
Colado aos nossos corpos.


Que inebria nossa cama molhada
Magia de dois seres em turbilhão
Dois risos ternos e tortuosos
Vestidos só por palavras doces


Sussurras-me ao ouvido
Versos de intensa paixão
Sinto o frio a percorrer-me
E uma louca paixão a dominar-me.


Testemunham olhares apaixonados
Eletrizados e hipnotizados
Estão entregues ao ato sagrado
Nossas células despertas


Desmancham-se em atos profanos
Muito para além das fantasias
E das ilusões, que mascaram nossos sentidos.
Verdadeiras labaredas em chamas


Como lareiras atiçadas ao vento
Respingam centelhas de fogo ardente
Sem melodramas delirantes
Numa cama feita de magia,


Desfazem-se em mil formas de amor
Distribuem seu calor
Em atos de puro êxtase.
Vibram, contorcem, rebolam


Navegam seus corpos ungidos
Remexem, estremecem, se aquecem
É puro suor que escorre enlouquecido.
Em estado de pura sofreguidão,


Envolvem-se um no outro
Alimentando-se do real prazer
De carnais delícias fantásticas.
Colados, refeitos, desfeitos, satisfeitos


Na liturgia maravilhosa do querer
Estão agora repousados, extasiados, completos
Repletos no ardor, do torpor, do ato proibido
Aconchegam agora, perdidos...


Depois de tanta intensa sedução
Sentem-se simplesmente apaixonados
Por esse envolvimento que os prendem
Vestidos do mais sublime amor bandido


Das fantasias de suas orgias mais vadias
Dos sonhos mais cândidos, belos e floridos
Adormecem e se aquietam exaustos
Foi apenas mais uma noite de amor


Em que nossos sentimentos,
Viveram as emoções envolventes
E ficaram a vaguear por momentos únicos.
No frenesi sinfônico de almas platônicas.


Dueto: Deusaii & Hilde

Catarina Paula Camacho e Hildebrando Menezes