terça-feira, 31 de março de 2009
Não é mentira!
Não é mentira que meu coração
Bate fora de ritmo ao som do teu chamado.
Que meus membros perdem a vitalidade
E meu corpo cai no chão, inanimado.
Não é mentira que minha voz
Prende-se em minha garganta,
E que não consigo pronunciar
Uma única palavra,
Ao mínimo sinal de ti.
Que meu cérebro atrofia,
E minha mente esquece-se de pensar.
Não é mentira que meus olhos
Brilham ao te ver
E irradiam uma luz tão brilhante
Que ofusca as estrelas.
Não é mentira que invejo o chão que pisas
E amaldiçoou os dias e as noites que te acompanham.
Que escondo meus pensamentos,
Troco meus sentimentos...
Que vagueio em teu olhar....
Não meu amor...
Não é mentira!
Quem és?
Quem és tu, beleza desconhecida
Que vagueias por meus sonhos.
Que fazes de mim
A fonte dos teus anseios.
Que passeias por meus entremeios,
Deixando-me num estado
De pura desolação.
Quem és tu, brandura
Dos meus pensamentos,
Que desfazes meus sentimentos
Em águas de pura paixão.
Oh navegador do amor,
Que conduzes a tua embarcação
Por montanhas de desejos...
Que buscas o que não queres encontrar.
Quem és tu, mal dos meus tormentos
Que recusas o meu alento
E me deixas a pedir por mais.
Quem és tu, que molhas meus olhos,
Com lágrimas de saudade
Deixando-me nesta ansiedade
Sem conta nem medida.
Diz-me.... Quem és tu...
Alma da minha alma...
Fogo do meu fogo...
Paixão da minha existência.
Não quero chorar!
Não quero chorar,
Quando a mágoa apertar-me o peito
E atingir minha alma.
Quando tudo se for
E apenas restar escuridão e vazio.
Não quero esmorecer,
Quando a noite cair sobre mim,
E todos os meus fantasmas
Ganharem cor.
Desejo estar em teus braços,
Quero parar de sentir este medo
Que domina todo o meu infinito,
E que faz mudar todo o sentido de mim.
Não me deixes chorar, meu amor
Afasta a dor do meu coração,
Controla este meu estado de apatia,
Leva-me para o teu coração.
Não deixes este sentimento de terror
Abalar os meus sentidos,
Porque, meu amor...
Não quero chorar.
Oração ao mar...
Mar revolto, mar revolto
Senhor de todas as conquistas,
Inspiração de muitas almas.
Tu, deus dos oceanos,
Que em tuas águas
Banhas sentimentos,
Que curas feridas deixadas pelo tempo.
Tu, que fazes sonhar
Os seres mais nobres,
Que levas a calma aos mais turbulentos.
Oh, mar da minha vida,
Que despertas o mais profundo do meu ser.
Faz-me apaixonar por tuas ondas,
E fantasiar com a esperança.
Mar da minha paixão,
Que transportas no teu dorso a sabedoria,
Que escondes e guardas segredos,
Nunca revelados.
Mar revolto, mar calmo
Leva-me em teu colo
E guarda contigo....
Todos os meus pensamentos.
Meu percurso até ti...
Vivi acordada,
Sem pensar no destino...
Tateei as montanhas da saudade,
Percorri o vale dos desejos,
Em buscar dos teus sentidos.
Encontrei-me a mim... encontrei-te a ti....
Pensei ser só, sem tino, sem destino
Mas minha alma, uniu-se à tua,
Meu coração vive dentro do teu.
E os muros que construi à minha volta,
Tornaram-se pequenos, quase transparentes.
Cortei as amarras que me prendiam
E voei para dentro dos teus sentidos.
Quase morri, nesta minha caminhada
Que parecia quase infinita,
Transladei horizontes em busca do teu amor,
Passei por tempestades,
E quando cheguei ao eu destino...
A luz que iluminava tua vida,
Incendiou tudo o que sou....
E fogo do teu coração
Ainda vive colado ao meu...
Agora.... e para sempre!
Cantando o amor...
Quero sonhar,
Viver nas asas da fantasia
Elaborar a alegria e viver neste estado de alma.
Minha vida é meu lamento,
Nada mais quero para mim...
Pois tenho teu alento...
Quero ficar sempre assim...
Meu pranto em canção,
Poucas palavras eu escrevo,
Não preciso de emoção
Para morar em teu abrigo.
Meu coração pertence aos céus
Aos anjos, aos demónios
Ás nuvens, ao universo.
Grito em prantos minha chama
Que clama por ti, oh meu senhor
Que deste alma a esta dama
A quem levaste o amor.
Dedicado a Hildebrando Menezes
És o meu anjo
Guardas minha vida
Como quem guarda um tesouro
Tens sentimentos de senhor,
Alma de guerreiro.
És uma força invisível
Que torna meu mundo habitável.
Transportas-me nas tuas asas,
Quando não quero lutar mais.
Tua alma cristalina
Irradia a beleza do teu coração.
Teu sorriso quase puro,
Mostra a sinceridade das tuas palavras.
E quando escreves, meu amor...
AH! Quando escreves....
O mundo foge dos meus pés,
Fico cega de paixão,
E começo a navegar em tuas palavras,
Pois elas, são o meu alimento
Para sorrir e continuar vivendo...
És o meu anjo...
Que me salva, que me protege
E que me faz continuar a amar!
À luz do amor...
Tempos idos, memorias lascadas
Por um momento que não passou.
Sentimentos infinitos
Sobre o meu coração,
Dominado por um nervosismo interior
Que atiça a chama da paixão.
Sentidos dispersos por todo o meu corpo
Que recebe o bálsamo da luz do amor
E irradia a mais cristalina felicidade.
Sinto meus membros leves,
Levitando sobre ondas
De ternura e carinho profundo.
Meus medos transformaram-se
Numa névoa clara e fina
Por onde passa uma energia imensa,
Que nunca termina.
O tempo fugiu do sítio
E a eternidade....
Será sempre presente.
A minha outra metade!
Olhei para o céu
E vi teu nome escrito numa nuvem...
O vento suave entoava a nossa canção,
E como num sonho,
Dançávamos ao sabor da sua melodia,
Como se todos os elementos
Que compõem o universo
Estivessem em complô para nos unir.
Foi então que uma onda de fogo
Despertou-me deste meu estado letárgico
E arrebatou todos os meus pensamentos.
Senti para alem da vida
Meu corpo torneado por essa chama que se colou a mim,
Meus medos desapareceram
E deram lugar a uma paz
Harmoniosamente conseguida
Pela visão da tua presença.
Meus sentidos ganharam nova força,
Minha mente clareou e senti-me feliz.
Meus olhos olharam o céu azul e brilhante,
Minhas mãos juntaram-se em oração.
E com minha face já molhada
Apenas pedi que sejas sempre...
A minha outra metade.
quarta-feira, 25 de março de 2009
Para ti, escrevo!
Para ti escrevo poemas,
Não prosas ou versos.
Divago sobre formas,
Sobre almas, sobre corações.
Para ti, elaboro sentimentos,
Falo de alento, de beijos escusos.
Construo pontes na fantasia
Onde podemos ser unos...
Invento fantasmas... e falo sobre ti.
Para ti, escrevo poemas de amor,
De paixão, de medo... de desilusão.
E em meus poemas eu rio, choro,
Deliro, adormeço, acordo.
E em cada um deles eu posso sentir-te,
Amar-te, como se do meu lado estivesses.
Para ti, escrevo... sem sentido,
Palavras soltas, frases feitas,
Não interessa...
Porque quando escrevo...
Tu está sempre comigo.
Quase sem saída!
Meus braços procuram os teus
Numa ânsia desmedida de sentir teu corpo.
O toque suave da tua pele na minha
Faz-me alucinar, percorrer fantasias, quase irreais.
E quando me beijas amor...
Ahhhh, quando me beijas,
Aí caio num doce delírio, quase mortal.
Teus beijos são como suaves carícias
De encontro à minha boca.
Fazem-me viajar em ti...
São pequenas provocações
Que me deixam a querer mais.
E quando sorris,
Teu sorriso traiçoeiro
Denuncia as tuas doces maldades
Que me deixam assim,
Desta forma...
Quase sem saída.
segunda-feira, 16 de março de 2009
E vem a poesia..
Recrio sentimentos,
Que brotam da minha alma.
Escrevo, palavras desalinhadas
Sobre um papel...
Construo frases frias, quentes....
Amargas doces...
Refaço amores, desfaço ilusões.
Preencho os vazios do meu coração,
Destranco sentidos...
E quando escrevo,
Posso ser tudo...
Um pássaro, uma folha,
Um amor, uma dor.
Descubro novas formas de amar,
Novos caminhos, para percorrer.
Refaço personagens, desfaço mentiras.
E escrevo.... como escrevo....
Palavras em chamas,
E com elas...
Vem a poesia.
Que brotam da minha alma.
Escrevo, palavras desalinhadas
Sobre um papel...
Construo frases frias, quentes....
Amargas doces...
Refaço amores, desfaço ilusões.
Preencho os vazios do meu coração,
Destranco sentidos...
E quando escrevo,
Posso ser tudo...
Um pássaro, uma folha,
Um amor, uma dor.
Descubro novas formas de amar,
Novos caminhos, para percorrer.
Refaço personagens, desfaço mentiras.
E escrevo.... como escrevo....
Palavras em chamas,
E com elas...
Vem a poesia.
sexta-feira, 6 de março de 2009
O amor é assim...
Vem de forma silenciosa
Sem razão aparente...
Arrebata-nos a vida, o coração.
A razão... come-nos a alma.
Deixa-nos num estado letárgico,
Quase de pós-mortem....
Torna-nos fracos, sem sentido,
Faz-nos divagar por entre mundos irreais...
Cria ilusões, fantasias...
Faz-nos tolos, loucos, insanos...
Torna-nos medrosos, insatisfeitos....
Tira-nos a forças, a vontade própria....
E quando damos por nós...
Estamos presos, enterrados...
Incoerentes, incongruentes...
Felizes.... infelizes.....
Vem envolto em contradições,
Em iras, em devaneios,
Mas faz-nos sempre os melhores dos poetas...
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