sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Pela Metade!
Corpos ao relento
Num dia de tempestade
Rebolam numa cama
Cheios de saudade.
Somos um só
Por breves momentos
Estamos aqui
Cheios de sentimentos.
As palavras são silêncio
Os gritos abafados
Os sorrisos, timidez
Os corpos, molhados.
Não sei como aconteceu
Nossos corpos agiram
Perderam-se de si próprios
Nossos sentidos colidiram.
Os dias passam
E por um breve momento,
Nossos corpos suados
Nus, ao relento.
Perco-me então
Não sei onde estou
Não posso continuar assim,
Não sei para onde vou.
A solidão aparece
Sinto-me isolada
Procuro, e não te encontro
Nesta cama molhada.
Da vida nada sei
Apenas o que o amor me ensina
As palavras tropeçam,
Sinto-me pequenina.
Perdida e achada
Neste lugar aqui
Para onde vamos nós,
Como foi que me perdi?
Remeto-me ao silêncio
Tu olhas para mim
Vês a minha tristeza
Que nunca tem fim?
Apercebo-me então
Cheia de saudade
Que apenas te tenho
Não por inteiro, mas pela metade!
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