sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Hei-de reconquistar-me!









A partir de agora,
Viverei uma nova vida,
Inventarei novas histórias,
Sonharei novos sonhos,
Redescobrirei uma nova identidade.
A partir de agora,
Apagarei as ilusões da minha vida,
Viverei numa realidade só minha.
A partir de agora,
Despedir-me –ei da dor e do sofrimento,
Não entrarão mais na minha vida.
Fortalecerei meus laços com o mundo,
Redescobrirei uma nova de ser.
A partir de agora,
Fecharei as portas a todos os sentimentos,
Não permitirei mais que entrarem em meu ser.
A partir de agora,
Serei eu, por inteira,
Acabaram-se as máscaras,
Mostrar-me-ei como sou.
A partir de agora,
Serei tudo o que sempre quis ser.
E no fim,
Hei-de reconquistar-me novamente!

Faz com que valha a pena!











Faz com que dure para sempre,
Que a paixão nunca termine,
Que o amor nunca acabe.
Faz com que a vida valha a pena,
Pois a meu lado,
Voarás nas asas da fantasia.
Faz com que o desejo de ser algo mais,
Te relembre de amores passados.
Faz com que dure para sempre,
Eterniza o sentimento dentro de ti,
Amortiza todas as quedas,
E agarra-te à esperança.
mantém-te sempre atento aos avisos
Do teu coração.
Faz com que dure para sempre,
Nunca feches os olhos à esperança,
Conquista-te todos os dias,
Ama-te sempre mais um pouco.
Não desistas de ti próprio,
Porque eu sei,
Que nunca desistirei.

E o amor chegou...













Nas asas do vento,

Veio um sentimento para ficar.
Todas as dores se foram,
Voaram para longe,
Para destinos inalcançáveis.
Nos sonhos de vida,
A eternidade veio,
Pela mão da esperança,
E trouxe com ela o desejo e a paixão.
E sobre um deserto onde paira a realidade,
A fantasia tomou conta dos nossos corações.
Fez-nos voar mais alto,
Acima das nuvens,
Para além do universo.
Fez-nos delirar nas nossas palavras
Nunca ditas, nunca imaginadas.
A liberdade chegou igualmente,
Por caminhos nunca vistos,
E trouxe paz aos nossos corações,
E como num oceano de paixão,
O amor e o carinho, voltaram a fazer parte da vida,
E assim, o amor chegou...

É tempo....









É tempo de curar as feridas do passado
De fechar as dores de alma.
É tempo de seguir em frente,
Cumprir o meu destino,
Sem medo de olhar para trás.
É tempo, de renovar as esperanças,
Redescobrir novas lembranças,
Sonhar com novos horizontes.
É tempo de sarar as mágoas,
Voltar a ser quem eu era.
É tempo de esquecer o tempo
Perdido em desilusões.
É tempo, levantar a cabeça,
E sentir novos sentimentos.
Resolver dores perdidas,
Reconquistar novos caminhos.
É tempo de sonhar com novos amores,
Porque o tempo não espera por mim,
Não escolhe os meus caminhos,
Não junta os pedaços do meu coração.
O tempo, não volta atrás,
Por isso, é tempo de esquecer o tempo antigo
E inventar um novo tempo.

A um amor...










Procuro teu olhar distante,
Como vindo de um sonho.
Procuro o bater do teu coração,
O sorriso da tua alma,
A esperança da tua vida.
Procuro o sinal da tua vinda,
Do teu ser em mim.
Do teu desejo em meu corpo,
Da chama que se apagou,
Num mar sem fim.
Procuro teus braços já inertes
Para meu consolo,
Procuro tuas mãos carinhosas,
Para segurar as minhas,
E juntos podermos voar mais uma vez.
Remexo entre lembranças,
Sonhos perdidos, esquecidos,
Mas apenas encontrei o que restou de mim.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Minha triste sina!









Em versos componho
Minha triste sina,
De amar-te perdidamente.
Sinto no meu peito uma dor imensa
Que queima-me a vida,
E desfaz-me o coração.
Luto desesperadamente contra esta sina,
Contra este meu destino ingrato e cruel,
Mas minha alma, já colada à tua
Não ouve minhas súplicas,
Não quer saber de meus tormentos,
E teima em permanecer colada à tua.
Meu corpo, já inerte, perdeu-se na escuridão da noite,
E vai vivendo neste tormento,
Neste mar de desafios, já desafiados.
Minha voz, já sem força,
Não me sai do peito,
Não posso gritar aos meu desespero,
Não posso falar ao meu coração,
Pois minha alma cala meus medos,
E no final deste meu triste fim,
As luzes que pairam sobre mim,
Apagam-se,
E na obscuridade do meu sofrimento
Deixo-me ir... para a noite,
Onde os meus pesadelos voltam a sobrevoar minha mente!

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Volta para mim!







Volta para mim,
Esquece os pesadelos de uma vida,
Os sonhos mal sonhados,
As vidas ainda não vividas.
Volta para mim,
Deixa-me devolver-te a paixão,
Os beijos em teu coração,
O Cobertor em noites frias.
Volta para mim,
Deixa-me perder-me novamente em ti,
Sentir-te fazer magia com meu corpo.
Deixa-te guiar pelo meu olhar,
Deixa-me sentir o sabor dos seus lábios,
A loucura do teu desejo.
Volta para mim,
Vamos voar juntos nas asas dos sonhos,
Reconstruir o nosso mundo de ilusões,
De onde nunca deveríamos ter saído.
Volta para mim,
Deixa-me queimar-te a alma com o meu olhar,
Deixa-te levar pelos sentimentos,
Perderes-te no meu alento,
Ficar ao meu regaço.
Encosta tua cabeça em meu ombro,
E deixa-me sentir teu cheiro novamente,
Deixa-me enlouquecer de desejo,
Perder-me nos teus anseios.
Volta para mim,
Vamos viver nosso destino,
Esquecer as mágoas do passado,
E viver em paz, o nosso eterno amor!

Estou cansada!









Estou cansada,
Deste mar de lembranças doidas,
De todas as ilusões que não terminam.
Estou cansada,
Deste desanimo permanente,
Deste estado de desespero,
Que quase me leva à loucura.
Estou cansada,
De estar meio viva, meio morta,
Desta espera desesperante que quase me mata a alma.
Estou cansada,
Deste meu coração dorido,
Sempre perdido nas ondas da paixão.
Minha vida no limite
Segue um rumo incerto,
Para um sitio desconhecido,
Para uma vida,
Já sem vida.
Estou tão cansada meu amor,
De lutar contra a escuridão,
De morrer em mim,
E nunca me encontrar em ti.
Estou cansada meu querido,
Desta revolta que não passa,
Desta dor que não se esvai.
Tudo se perdeu de si próprio,
Perdi-me na insanidade,
Em divagações de memórias de tempos idos.
Minha mente revê-te todos os segundos do dia...
Estou cansada,
Mas não te deixo ir,
Não permitirei que saias do meu corpo,
Não deixarei morrer o amor que construímos
E que a força do destino não destrói.
Por Deus, meu amor
E por todos os anjos,
Estou cansada...
Mas nunca desistirei de ti!

E veio a tempestade...












Momentos infinitos sentidos ao sabor dos dias.
Viagens fascinantes
ao mundo da magia e da fantasia,
Sonhos alucinantes,
Prazeres incontroláveis,
Sentimentos esbatidos pelos dias que passam.
Nosso mundo intocável,
Vivíamos um para o outro,
Como se nada nos pudesse abalar.
Construímos castelos nas nuvens,
Onde éramos nós os protagonistas
De nossas histórias de encantar.
Inventamos sonhos,
Criamos ilusões,
Matamos desejos,
Saciamos nossa sede de amar.
Mas a tempestade chegou,
E com ela a ventania que derrubou nosso castelo,
Eliminou nossa vida,
Deixando apenas um vazio de nós.
Nossos planos, nossos anseios
Varridos por uma tempestade
Que teima em não amainar,
Que virou tufão e levou com ele
A Felicidade e a vontade de voltar a amar,
Levou com ele, a alegria da minha alma,
Deixando apenas um buraco fundo, negro
De onde não existe mais salvação
E a morte interior,
Parece ser a única forma de deixar de viver.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Deixa-me contar-te um segredo!









Deixa-me contar-te um segredo,

Mas não um segredo qualquer,
Um daqueles que está bem guardado
No fundo da minha alma,
Daqueles que enobrece os sentimentos
E apimenta a vida.
Daqueles que faz os mais tolos divagarem.
Deixa-me contar-te um segredo,
Daqueles que torna o mundo mais bonito,
Que faz a lua te sorrir,
Daqueles que te prende à vida,
Mas no entanto, te faz flutuar acima das nuvens.
Eu queria contar-te o meu segredo mais secreto,
Um segredo que a imaginação alcança,
Que a fantasia constrói,
Que a morte não destrói.
Então... fecha os olhos,
Abre das janelas do teu coração,
Põe a tua alma em alerta...
Shuiiiii.... Não fales agora....
Concentra-te.....
Imagina algo lindo,
Deixa-te flutuar nas asas dos sonhos,
Entrega-te à magia, deixa-te sentir.
Agora sim,
Estás pronto para ouvir o meu mais recondido segredo?
Ainda tens teus olhos fechados? Não os abras....
Segue apenas o som da minha voz,
Como num sussurro,
Enquanto te murmuro ao ouvido
Que te amo!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Vazio de ti!









Abandonei-me em ti,

Vivi a tua vida,
Sofri os teus sofrimentos,
Tornei teus tormentos nos meus,
As tuas mágoas nas minhas.
Fiz da tua tristeza, o meu porto de abrigo
E no entanto, esqueci-me de viver sem ti.
Meu coração dilacerado de dor,
Ainda chama pelo teu nome,
Mas as lágrimas em minha face,
Já não correm,
Morreram junto com a minha alma.
Meu mundo desmoronou-se,
Não se lembrou que a vida sem ti não existe,
Que é um livro fechado, já velho e sem uso.
Vivi teus medos,
Suportei tuas contradições,
Perdi-me em tuas ansiedades,
Deixei-me levar por um amor que não exsitiu.
Matei meus sonhos,
Destrui teus anseios,
E esqueci-me de mim...
Esqueci-me dos meus terrores,
Dos meus fantasmas.
Perdi-me em divagações inúteis
E em sonhos estúpidos.
Defendi-te de todos os males do mundo,
Protegi-te das intempéries,
Procurei teus braços para consolo,
Perscrutei teu olhar,
Mas apenas encontrei um vazio,
De ti, de mim.
E assim nossa história acabou,
Mesmo antes de começar!

Sou tudo e não sou nada!











Não sou mais um oceano extenso
Que vagueia em todas as direcções
Para lugar nenhum.
Não sou mais que uma estrela do mar
Que se prende ao seu destino.
Não sou mais que uma rocha,
Que vai de encontro às ondas alteradas,
Sem nada sentir.
Sou o que sou,
Apenas um ente,
Um espírito num corpo inerte,
Que persegue seus sonhos sem os sonhar.
Sou um estado de alma incompleto
Que não terminou sua transformação nesta vida,
Preso dentro de algo medroso e pegajoso.
Sou uma fachada de mim própria,
Coberta por uma máscara que já não sai.
Coberta por um medo disfarçado de pânico.
Sou um pequeno desenvolvimento
Que não cresce com o tempo.
Sou a tua história mal contada,
A tua atrocidade já mórbida,
Que o tempo apagou..
Sou a tua sombra mais obscura,
Que não encontrou saída
No teu manto de mentiras.
Sou a tua consciência que pesa-te nas memórias
De tempos idos e jamais voltados.
Sou o jardim dos teus mais sombrios pesadelos,
Que te perseguem em noites frias.
Sou tudo... e não sou nada!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Oração ao amor








Que no teu corpo eu me revele,

Que na tua alma eu me encontre
Que o teu olhar me espelhe,
Para que eu possa ser sempre a tua eterna amada,
A tua eterna vida, o teu eterno sonho.
Que nossos tempos sejam sempre de glória,
Que nossas dores sejam sempre pequenas,
Que nosso amor seja sempre infinito,
Para que possamos voar sempre nas asas da magia.
Que o sol brilhe sempre para nós,
E a chuva seja sempre passageira.
Que a lua nos sorria sempre,
E as estrelas iluminem sempre o nosso caminho,
Para que possamos viver em complemento,
E em pura união.
Para que até ao fim dos nossos dias,
Sejamos sempre felizes.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Ao sabor da paixão!









Sobre a luz do crepúsculo,

Dois corpos se amam na areia molhada
Sobre o olhar atento do mar,
Que beija seus pés.
A noite já vai longa, e ambos,
Embargados em suor,
Fazem juras de amor eterno
Olhando a lua sua testemunha.
Deliram de prazer,
Reclamam paixões,
Vivem fantasias.
Lutam um com o outro,
Rebolam, gemem,
Tremem de emoção,
Vibram de desejo.
As estrelas, observam atentamente
Esta paixão avassaladora, que já dominou suas almas,
Já quase perfeitas.
A noite escura mascara estes corpos nus
Que jazem ao relento, cheios de saudade,
Como se o tempo fosse um relâmpago
E passasse mais rápido que um cometa.
Escondem-se na penumbra,
Entre rochedos escarpados,
Para dar azo a um amor que parece interminável.
Escondem-se, para dar vazão
A sentimentos descontrolados,
Que esqueceram-se de dominar.
O poder de suas almas
Produz uma infindável magia,
Que os transporta para um mundo só deles.
E durante o tempo que dura a paixão,
Seus movimentos uniformes,
Misturam-se com a areia.
Seus sentimentos estão no auge,
Seus membros ondulam
Com o movimento das ondas
Que os atinge, numa sintonia perfeita.
O barulho do mar abafa seus gemidos
E denuncias de puro êxtase.
E por fim, saciados,
Descansam um no outro,
Relembrando a noite mágica ,
Em que pela primeira vez, em suas vidas,
Se fundiram num só.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Toca-me como nunca tocaste ninguém!








Toca-me bem no fundo da minha alma,
E não me deixes saída.
Percorre todos os meus sentimentos,
Extasia-me com o teu doce amor.
Faz de mim, mulher da tua vida,
O ser mais perfeito para ti.
Funde-te em mim
E não me deixes voltar atrás,
Não me faças esquecer o eterno amor
Que sentes por mim.
Toca-me,
Penetra bem fundo o meu ser,
Faz-me tua mulher amada,
Teu ser mais precioso.
Arrebata-me a vida
E adormece-me em ti,
Leva tudo o que sou,
E não deixes nada de mim,
Faz-me entrar nas tuas fantasias,
Nos teus desejos mais profundos.
Entra no mais intimo do meu ser,
E esquece-te da tua existência.
Toca-me bem dentro do meu coração,
Remexe todos os meus pensamentos,
Deixa-me perdida em ti.
Toca-me bem dentro da minha vida,
Troca todo o seu sentido,
Para que eu possa viver em ti.
Faz-me perder-me nas tuas carícias loucas,
Nos teus mais recondidos desejos,
Nas tuas mais doces ilusões.
Toca bem dentro da minha existência,
Faz-me flutuar acima dos sonhos,
Transporta-me para o teu mundo,
Envolve meu corpo e tudo o que sou, em ti.
Transforma o meu sorriso no teu sorriso,
O meu olhar, no teu olhar.
Toca-me como se fosse o primeiro toque
E faz de mim, a fantasia dos teus sonhos.

Divagações sobre ti!









A noite passa lentamente,
E eu aqui perdida nos meus devaneios,
Começo a imaginar a vida a teu lado...
Tão completa, tão perfeita,
Tão cheia de momentos intensos
Que não se perdem com o tempo.
O Sono aos poucos começa a chegar,
Já quase não vejo as letras
Que teimo em continuar a escrever,
Quase não sinto minha mente
Que parece já adormecida,
E no entanto,
A tua face surge sempre à minha frente
Como vinda de um sonho.
Muitos dizem, que poderá ser o amor
Que tomou conta da minha alma,
Outros, apontam para devaneios
De um coração que ficou louco com o tempo.
Mas na minha vivida consciência,
É apenas o amor
Que tomou conta de mim.
Um amor arrebatador,
Que dominou todos os meus sentidos,
Deixando-me neste estado de puro terror.
Os meus olhos já cansados,
Teimam em se fechar,
Minha mente já adormeceu,
Assim como todo o meu corpo,
Mas continuo pensando em ti
Como meu último pensamento,
Antes de cair num sono profundo e purificante
Que há-de fazer renascer minha alma.
Já são horas de meus olhos se fecharem
Para de novo rever-te em meus sonhos,
E desta forma, estar contigo outra vez!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Deixa-me envolver-te em mim!








Deixa-me dizer-te um segredo,
Bem pertinho do teu ouvido.
Murmurar-te palavras doces,
Suaves, quase em forma de sussurro.
Deixa-me depois,
Deslizar meus dedos por tua pele macia,
E acariciar teu peito, bem devagar.
Deixa-me arrepiar teu corpo,
Ouvir teus gemidos
Enquanto dizes meu nome,
Num quase sussurro.
Quero sentir entrares dentro de mim,
Sentir teus movimentos ritmados,
Continuados.....
Sentir o desejo aumentar de intensidade,
Numa paixão desenfreada,
Sem limites....
Até por fim, me beijares a boca,
Numa loucura completa....
Quero sentir, teu leite quente, alucinante,
Até por fim repousares em mim,
Extasiado num prazer completo,
Repleto de sentimentos
E desejos saciados.

Se fechar os olhos!










Minha mente dança a som de um violino,

Que faz magia com a sua melodia.
Meus sonhos divagam
Por mundos encantados,
Onde nasce a fantasia e a Ilusão.
Meus pensamentos flutuam
Como ondas do mar,
Deixando-me num estado
De relaxamento profundo,
Num estado,
De Transe hipnótico.
A música continua a surgir
E quase consigo vê-la pairar sobre mim.
Então, fecho os olhos,
E consigo ver cada nota,
Consigo sentir cada ritmo,
Como se a música saísse de dentro de mim.
Fechando os olhos,
Até consigo ver sua forma ondulando,
Á medida que o violino toca
E encanta a minha alma.
É quase como se a minha existência
Ficasse enfeitiçada,
E tudo o que existe dentro de mim,
Flutuasse, deixando-me livre e solta.
Se fechar os olhos,
Sinto-me sair de mim,
Para quando a música parar,
Regressar de novo ao meu corpo.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Nas asas de um anjo















Sentada sobre as rochas,
Olho o mar que me chama,
E penso na vida...
Penso nos sonhos e em todas as ilusões.
Meu mundo outrora fechado abriu-se,
E deixou entrar um pouco de luz.
Meus segredos, guardados dentro de mim,
Voaram em direcção aos céus,
Ás nuvens e a todo o universo.
Sinto então, meu corpo levitar,
Sinto-me a sair de mim,
E Pairo sobre o céu, azul e luminoso.
Olho uma nuvem que me chama,
Quer ser minha amiga,
Tão branca ela é... tão suave.
Vejo uma luz muito forte,
Que quase me queima os olhos,
E então fecho-os, para os abrir logo de seguida,
E começo a sentir um calor
Que percorre todo o meu corpo.
Minha pele branca,
Adquire então outra tonalidade,
Meus cabelos sobrevoam os céus,
E minha alma, torna-se leve....
Sinto então um toque suave em meu ombro,
E uma sensação de paz percorre-me
Por completo....
Então, adormeço, como nunca antes,
E quando acordo, estou ao pé de ti,
Atordoada penso em meu sonho,
Tu abraças-me e dás-me um beijo,
E o mesmo calor, começo a sentir...
E afinal de contas,
Não era um sonho,
Eu viajei pelos céus,
Nas asas de um anjo!

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Deixo-te ir...












Meu coração já rasgado de dor
Percorre em câmara lenta,
Todos os momentos que vivemos.
Nossos sentimentos,
Nossos desejos,
Nossos planos,
Perderam-se pelo caminho...
Perderam-se na mágoa, na ignorância,
Perderam-se na ilusão do que nunca foi.
Por isso meu amor,
Deixo-te ir...
Apesar da tristeza que abala minha alma,
Apesar do sofrimento que destrói minha vida,
Apesar do desespero que vai me matar.
Deixo-te ir...
Segue teu destino, que não vai de encontro ao meu,
Tenta levar contigo a felicidade,
Dos dias que nunca tivemos.
Deixo-te ir....
Porque teu amor era apenas uma máscara
Para esconder tudo o que não sentias,
Teu olhar, foi a minha traição,
Que enganou-me, por engano.
Deixo-te te ir....
Nas asas de um anjo,
Para que percorras outros mundos,
Outras vidas, sem mim.
Minha face já transfigurada pela dor,
Começa a perder a sua tonalidade,
Meus membros, perderam a sua vitalidade,
E meu sorriso, morreu junto contigo.
Mas deixo-te ir....
Apesar da atrocidade deste encontro,
Apesar da minha morte interior,
E da magia que se criou e se perdeu.
Apesar disso tudo, meu amor....
Deixo-te ir....
Voa em liberdade,
Mas ensina-me primeiro a viver sem ti,
Ensina-me o que é a vida, depois de ti,
Ensina-me como recuperar de novo minha alma.
Vai, meu amor....
Que o vento seja o teu guia,
E a lua tua companheira.
Que as estrelas brilhem sempre na tua direcção.
Vai, meu amor....
E deixa-me aqui desfalecer sozinha.
Vai, meu amor
Antes que a noite chegue,
E que os meus fantasmas me persigam,
Antes que o dia morra,
E o sol deixe de brilhar.
Vai agora,
Mas não voltes mais!

Se não fores além....












Se não fores além,
Volta para trás.
Vem ver teu amor
Que te espera perto do mar.
Segue a canção das ondas,
Que chamam por ti,
Que clamam as rochas suas amigas,
Que te tragam de volta para mim.
Se não fores além,
Olha meu nome nas nuvens,
Escrito em forma de amor,
E vem me ver.
Se não fores além,
Lembra-te de mim,
Da tua paixão que quase morre de amor,
Lembra-te desta tua alma pura,
Que nunca se cansa de te amar,
Que nasce em ti,
Para morrer no infinito.
Mas se não fores,
Então realiza-te no meu amor,
Sem regras ou barreiras,
Sem medos ou arrependimentos,
Apenas memórias de tempos vindouros,
De paixões esquecidas
E amores lembrados.
Se não fores,
Vem pela praia ao meu encontro,
Espero-te naquele lugar
Onde os sonhos e a realidade se cruzam,
Onde os apaixonados se amam.
Se não fores,
Meu coração e toda a minha alma serão teus,
Teus desejos, minhas ordens.
Minha paixão, teu destino.
Meu corpo, teu templo.
Espero-te naquele lugar onde a magia nasce,
Onde os dias são sempre dias.
Se não fores, minha vida,
Estarei aqui, para ti.
Vais?