quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Esta doce ilusão!
O sangue pulsa em minhas veias,
Sinto aos poucos, meu coração acelerar
E um nervoso miudinho toma conta de mim.
Lembranças surgem em minha mente....
De mim... de ti... de um nós que vibra
Dentro do meu peito...
E em meus sonhos está teu corpo,
Em meus desejos, teu cheiro...
Em meu ser... estás tu.
Contenho-me nesta ânsia louca
De querer o que não tenho...
E neste estado desnorteado,
Perco-me de mim... não sei onde estou....
Apenas sei que pertenço a ti...
Então, recrio-me...
Construo castelos no ar... e iludo-me.
Deixo-me levar... nesta doce ilusão
Que acaricia minha pele já quente,
Entro em devaneios, sobre ti...
Sobre o que poderia ter sido...
Quero-te tanto... que minha alma sofrida
Procura um escape, para tanto amor.
Ah! Que doce fantasia... e que eu...
Neste meu estado de quase inconsciência
Vivo apenas para o momento...
De te voltar a ver!
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Não quero ser...
Não quero ser teu porto de abrigo
Uma alma penada ao teu serviço.
Alguém que já não brilha com sua presença
Que já não sorri ao teu toque.
Que já não renasce ao teu olhar.
Não posso viver, presa a um destino que não é o meu....
Que não tenho que seguir...
Que não faz parte de mim...
Não posso ser mais tua,
Pois a tua verdade é a minha mentira
A tua vida é a minha morte.
A tua sobrevivência é a minha despedida.
Por isso peço-te... solta-me as amarras
Deixa-me voar.... percorrer outros horizontes
Amar outras vidas.... viver outros sonhos.
Deixa-me caminhar, sozinha... se for preciso
Pois só assim... saberei o que fazer....
Quando tudo termina.... mas nada recomeça.
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Não quero ter mais medo!
Que termina e recomeça em mim....
Este estado de alma sentido
Que atormenta todos os meus sonhos...
Fervem dentro deste meu ser,
Fazem-me alucinar, delirar... tremer....
Este estado já nostálgico...
Que quebra tudo e nada reconstrói
Que aumenta esta ansiedade de não ter mais
Prendem-me a este presente.... quase sem futuro.
Este medo... de não poder mais sentir
De não poder mais ver para alem dos olhos
Fazem-me cair num estado de depressão, profundo.
A vida não anda... e os sentimentos que germinam
Dentro de mim.... fluem.. a uma velocidade estonteante...
Delirante... perigosa.
Não quero mais ter medo....
Essa ânsia desmedida, que não me deixa seguir em frente
Esse estado de desanimo que me mata por dentro
Que faz de mim... tudo o que não quero ser....
Não quero mais ter medo....
Quero viver, o que vida me dá
E assim ser tudo o que nunca fui.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Voltaste!
E uma fria chuva caiu sobre mim...
Ansiosa esperei que voltasses...
Sofri tormentos, ânsias loucas...
E no fim... nos meus braços
Quente, suave, ficaste.
Senti teu calor... teu corpo colado ao meu
Teus sentidos em minha direcção,
Teu olhar que me queimava...
Senti... que voltavas para mim...
Não por metade... mas por inteiro...
Meus olhos choraram, então...
Finas lágrimas escorriam por minha face....
E minha alma por fim sorria...
O vazio esbateu-se, o escuro clareou
E meus sentimentos adormecidos despertaram...
Voltaste para mim... como sempre te quis...
Inteiro... sem medos, sem reservas...
E tudo o que tinha morrido em mim,
Voltou a renascer... como se nunca tivesses ido!
Numa gota...
Meu amor vem numa gota...
Trazida pelo vento
Que bate de encontro ao meu corpo.
A chuva cai de mansinho
E cada gota, faz-me lembrar suas carícias
Seus beijos doces e suaves,
Sua forma perfeita de tocar meu corpo.
Sento-me... e espero... que o céu clareie...
para que o vento venha em minha direcção
E traga-me a paixão que vivi
As ilusões que criei...
Os sonhos que me apaixonaram
os desejos que não vivi...
O vento acalma e meu amor deve estar chegando...
Para que assim... meus sentidos possam, possam finalmente sentir
E tirar-me deste estado nostálgico...
Pois, meu amor, preenche cada centímetro de mim...
E ele vem ter comigo... numa gota... trazida pelo vento!
Sempre vou te amar!
Neste imenso vazio que deixaste...
Com tua partida apenas recordo
Todas as emoções que vivemos...
Todos os sentimentos que trocamos...
Todo o amor que fizemos.
Meu corpo ainda recorda o teu toque
Leve, macio...Quente
Meus sentidos ainda estão presos aos teus
E teu odor está entranhado em mim...
Respiro-te a cada segundo do dia...
Apesar da tua partida
Seguiste o teu caminho...O teu destino
E deixas-te-me aqui
Apenas com uma recordação...
Passo então a mão em meu ventre...
Sentindo uma vida
Que germina dentro de mim...
Uma parte de ti...Que não se foi...
Que guardarei com minha própria vida...
Que amarei...Como te amo agora...
E sempre!
Sentimento
Que quebra tudo em mim.... e já não reconstrói
Que mata tudo o que existe no meu peito
E transforma minhas ilusões.
Que estado de vida é este, que me consome e alucina
Que transforma minha mente
Que faz minha alma querer ir-se... do meu corpo
Que penaliza meus braços
E faz minhas pernas esquecerem-se de andar.
Em meus olhos surge um brilho.... estranho
Mas brilhante que todas as estrelas
Mas ofuscante que a própria lua.
Em meu corpo, sinto um toque suave
Que arrepia minha pele
Apesar de não haver mãos a tocá-lo.
Sinto um murmúrio em meus ouvidos
Como uma cantiga... suave... bela...
Que me fala de amor... de paixão....
Esses sentimentos que moram dentro de mim...
E que dizem-me... permanecerem para sempre!
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Escrevo, porque...
Sentimentos enganosos que me iludem e me matam
Viro as costas à felicidade
E não encontro nada na escuridão...
Então... escrevo...
Não para acalmar esta dor
Que arde o meu peito...
Não para enganar os fantasmas
Do meu passado...
Escrevo, porque sim...
Porque meu coração quer escrever....
E minha alma dita-lhe as palavras...
Escrevo porque é o meu desejo...
Porque a escrita é a minha vida, o meu destino...
Mesmo que sejam palavras desconexas,
Ou frases sem sentido... escrevo....
E assim, escrevendo, liberto-me
Escrevo, como se mais nada existisse
Alem das palavras....
Como se meu mundo interior dependesse disso....
Escrevo, porque....
Sem escrever, a minha vida torna-se vazia,
E dentro de mim...
Tudo se esfuma... se revolta... se perde.
Vazio!
Adormeci para a vida.
Meus olhos não brilham mais,
A chama que os incendiava... extinguiu-se,
Dando lugar a um olhar frio, gélido.
Meus pensamentos, também se foram
Para um lugar distante de mim...
E meus sentimentos
Abandonaram o meu peito
Deixando um buraco em meu coração,
Que triste, partiu sem mim.
Já nada sinto...
Já nada vejo...
Meu olhar interior partiu para um lugar sombrio
Que minha alma não atinge.
Já não há medo...
Já não há amor... essa emoção que sempre me dominou,
Que sempre me acompanhou
Nas minhas duras jornadas pela vida.
Já não há poesia em cada letra,
Nem magia em cada frase...
Tudo se foi...
Deixando um vazio dentro de mim,
Que mais nada preenche.
Um vazio imenso... que tomou conta de mim...
Para sempre!
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
A cidade acorda
Luzes cintilam por todo o lado,
Sob uma noite descoberta,
Num lugar onde a realidade e a fantasia se confundem.
Onde a magia, opera os seus pequenos milagres.
A cidade desperta...
Sob o riso das pessoas
Que deixam-se levar,
Por este lugar mágico
Onde todos os sonhos ganham asas
E todas as esperanças renascem
E mantêm-se vivas, na alma das pessoas.
Não há desilusão...
Apenas ilusão do que querem viver,
Mesmo que por fingimento.
A vida torna-se suportável
E merecida de ser vivida...
Mesmo que por breves momentos apenas.
A cidade acorda... sob a luz da lua,
Para voltar a adormecer... assim que amanhece!
terça-feira, 1 de setembro de 2009
O Voo da liberdade
Voo em liberdade como uma borboleta
Em direcção ao horizonte...
Voo plano, liberto...
Solto as teias que me prendiam
E feriam meu corpo...
Voo para alem do mundo,
Solto-me no céu e respiro
O ar que consome os meus pulmões
Que a pouco e pouco se habituam
A esta liberdade estonteante.
A felicidade domina a minha vida,
E deixo-me conduzir por caminhos que não conheço.
Voo em direcção a lado nenhum...
Mas voo... e quando minhas asas estiverem cansadas
Repouso numa bonita flor e descanso...
Pensarei no que me transformei,
Nas alegrias que causei,
E quando estiver descansada, volto a voar novamente
Como se minhas asas apenas conhecessem
O sentimento que me assola,
Que adorna a minha vida,
E sigo meu caminho...
Apenas para enfeitar o meu destino,
E sentir-me sempre assim....
Livre... liberta... Feliz!
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Recriação...
Lá no céu estrelado,
Mas a tua luz era mais intensa que elas.
Tentei recriar, em minha mente... a lua
Mas o seu esplendor não era tão belo como tu.
Forcei então meus pensamentos,
E tentei recriar o sol....
Troquei o dia pela noite....
A magia pela fantasia....
Mas os raios de sol que aquecem meu corpo
Não eram tão quentes como o teu toque em mim.
Então... esqueci os pensamentos
E debrucei-me sobre os sentimentos...
E recriei em minha mente a amizade....
Mas ela fugiu de mim...
Ela era pequena demais, para explicar o que sinto.
Recriei então a paixão... mas no fim....
Não era bem assim o que sentia...
E por fim... recriei o amor.....
Mas era demasiado grandioso, para explicar este meu estado.
E sem desistir... misturei todos os sentimentos...
Um pouco de amizade.... paixão... e amor....
E então percebi, aquilo que meu coração me dizia....
E minha alma sorriu... com um sentimento tão perfeito...
Tão intenso... que lhe deu o nome de Eterno.....
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Esta ansiedade...
Que me inebria a mente,
Que entorpece todos os meus sentidos,
Tornam meus desejos mais sensíveis
Ao teu toque que arrepia-me a pele.
Esta ansiedade quase desmedida
Joga-me para esta alegria quase delirante
De querer ver-te.... de querer olhar-te
E sentir todo o fogo, toda a
Paixão que deles emana.
Ah, meu amor...
Se soubesses como me trocas os sentimentos
Como minha alma se transforma a cada gesto teu,
A cada respirar do teu peito...
Como me sinto criança mimada,
Junto aos teus afectos.
Por isso, esta minha ansiedade
Que quase me mata
Me transforma em tudo o que sou e desejo ser....
Quando estou do teu lado.
Preciso de ti...
O céu azul desabrocha
Depois da escuridão
E no mais intimo do meu ser,
Um turbilhão de emoções
Dominam a minha já fraca existência.
Começo a então a sentir-me enfraquecer
À tua ausência.... sinto falta....
Do teu olhar em mim,
Dos teus suaves carinhos
Que de mansinho tocavam
Minha pele desnuda....
Sinto falta, meu amor...
Esta falta que me queima o peito
Que desorienta tudo em mim,
Que troca todos os meus sentidos...
Preciso sentir-te perto,
Abraçando a minha alma
Em suaves movimentos que
Massajam o meu coração.
Preciso sentir o arrepio da minha pele....
A essência de que vivo
Em função deste sentimento
Já desesperante.
Preciso ouvir a tua voz soltar-se
E acalmar todas as minhas ânsias...
Todos os meus medos....
Preciso sentir o calor da tua boca na minha
O suave roçar dos teus lábios nos meus...
Para sentir-me inteira....
Preciso de ti... tanto... tanto.....
Que quando não te tenho....
Tudo perde a sua razão de existir
E eu... perdida... morro para o mundo.
Deixa-me falar...
Minha alma procura segredos
Cogitações que minha mente esconde
Medos recondidos, em algum canto obscuro.
Meus sentidos voam ao sabor
Da harmonia das palavras não ditas
Dos olhares intensos trocados
Explodindo de desejos insatisfeitos.
Meus sentimentos navegando ao largo
De meus pensamentos que já não
Co-habitam mais dentro de mim....
Por isso meu amor...
Deixa-me falar....
Deitar cá para fora este turbilhão de palavras
Estes anseios que meu coração já não consente.
Estes impulsos que meu corpo já não perdoa.
Deixa-me falar....
Denegrir toda as minhas construções ilusórias
Colorir todas as minhas histórias
Fantasiar todas aquelas memorias que já não posso calar.
Deixa-me falar....
Verbalizar todo este transe...
Toda esta ansiedade que já não consigo engolir...
Quero falar, não aos teus olhos.... não há tua boca...
Deixa-me falar ao teu coração, à tua alma.
Dizer tudo o que está dentro de mim...
Para que em avalanche possa ir para dentro de ti
E deixar-te sem sentidos, sem palavras, sem meios....
Deixa-me falar, meu amor....
Agora....
Para que depois eu me possa calar para sempre!
Peço-te mar...
Ondas do mar,
Carreguem convosco a minha dor
Levem-me para longe
Desta ansiedade.... e acalmem este meu coração.
Transportem no vosso dorso
Este meu estado desesperado....
De um amor que não encontra o seu caminho
Dêem-lhe confiança,
Para que sinta dentro de si
O fogo de uma paixão que arde em lume brando.
Ondas de um mar que vejo... distante
Que alucinam minha mente..
Que atraiçoam os meus sentidos
Apaguem do seu coração esse pavor
Que não termina com nada.
Que torna sua alma pesada, fria.
Mar que és mestre.... que incentivas muitos poetas
Que iludes muitos corações quando
A lua de te faz companhia....
Empresta-me um pouco da tua luz
Para que eu possa iluminar alguém
Que vive na escuridão dos sentimentos.
No lado negro da vida....
Mar de todos os sonhos,
Ajuda-me a mostrar-lhe o que é a emoção
O que é vida depois do amor....
Para que dentro dele..
Tudo o que morreu... renasça de novo.
Noite....
Como sombras incandescentes
Que queimam, que ardem.
Vi as estrelas, meio de soslaio, no meu olhar
Vindas em direcção a mim,
A repousarem em minha face
E iluminando o nosso momento.
Já tardei a noite, escura e mágica
Por medo do dia chegar demasiado rápido
E não te trazer de volta para meus braços
Já senti meus membros entorpecerem
Meu coração a fugir-me do peito
Meus sentidos me abandonarem...
E a noite que flui para dentro de mim
Deixou um rastro de paz e harmonia
Fugiu com todos os meus
sentimentos e pensamentos
E deixou-me despida de tudo o que sou.
Para apenas restar-me tu...
Que completas tudo o que não sou....
Ou o que não quero ser.
Dentro de ti... morreste
Trouxe-te meu coração
envolto numa névoa mágica
Para que quando o abrisses
A sua luz se expandisse por todo o teu ser.
Trouxe-te minha alma,
Feita de trapos do passado
Para que talvez, de alguma forma,
A pudesses reconstruir e tornar tua.
Deixei-te meus sentidos descobertos
E abri-te meu mundo...
Escondido, esquecido....
Para que a tua presença
Pudesse dar-lhe um pouco de paz.
Dei-te meus segredos...
Contados quase num sussurro....
Que fizeram meus fantasmas voltar...
Para que os pudesses apagar da minha existência
E eu pudesse tornar-me mais forte.
Dei-te a mim... quase por inteira...
Com todos os meus medos, meus receios
Para que de alguma forma os usasses,
E apagasses os teus....
Descobri meu corpo nu....
Para que algo dentro de ti
Ainda pudesse vibrar... e fazer-te viver
Deixei-te sentir meus beijos...
Para que de alguma forma...
Os teus sentidos se iluminassem
E saíssem da escuridão....
Mas tu morreste... dentro de ti...
Tu morreste....
E eu... já não tenho força para
Te dar vida novamente.
Ao encontro de nós...
Ao longo do horizonte
Surgem névoas perfeitas,
De uma cor ténue...
Que caem sobre mim...
Luzes claras, brilhantes
Surgem no meu horizonte de vida
Trazendo-me uma paz ansiada à muito.
Tento perceber quem sou.... contigo...
Envolta nesta magia inebriante
Que toca suavemente tudo que existe
Dentro de mim.
Então.... procuro bem no meu intimo
Por este fogo que surge
Mas que acalma... sempre que estás perto.
Toco-te com lentidão..
Explorando cada centímetro de ti
Procurando em teu corpo uma
Satisfação que não sinto... mas que arde minha pele.
E então... tu me tocas...
E meu mundo se vira ao contrario,
Meus pensamentos evaporam-se
E só sinto teus dedos sobre minha pele...
Tocando minha alma, bem de mansinho
E então, deixo-me levar...
Deixo-me perder em ti...
O mundo foge, perco o chão
E neste estado puramente induzindo
Delicio-me com os teus carinhos.
E quando toco meus lábios
Suavemente em tua pele....
Sinto crescer algo dentro de mim...
Um sentimento maior do que eu
Mais forte que o Universo que quase nos completa...
E apesar de quase não ser real,
Este estado que nos atormenta
Que por magia fez com que cada um
De nossos mundos desaparecesse
E o tornasse apenas um, tendo o mar
Como nosso companheiro.
Apesar do turbilhão dos nossos sentimentos
Dos medos que nos afligem
Continuamos juntos e separados...
Apesar do destino estar em complô
Para nos unir.... na sua forma mais perfeita!
Estranho Olhar
Estranho olhar que acaricia
Minha alma...
Que me afunda em ilusões
E desejos intensos.
Estranho olhar que cobre
Todos os meus sonhos,
Ignora todos os meus pensamentos,
E faz-me cair no abismo da fantasia.
Olhar louco, fatal
Que tiras a vontade do meu corpo,
Que faz-me viver momentos de
Pura divagação.
Estranho olhar que alimenta
Este meu estado interior,
Quebra tudo o que existe em mim
E faz-me alucinar.... deixa-me sem palavras...
Quase sem memoria.
Estranho olhar que perfura
O meu íntimo deixando-me sem saída.
Não vais embora olhar
Que me fala de paixão...
Olhar que desmorona meu mundo...
Fica.. Por favor fica...
E acaba o que começaste.
Deixa-me sonhar!
Este sentimento que me queima a alma
Que transpõe tudo o que existe em mim.
Este estado de espírito que me torna leve
Que arrebata toda a dor que me queima o peito.
Esta doce ternura que sinto crescer...
Esta força que quase me mata de emoção,
Torna todos os meus sonhos realidade
Torna minhas fantasias tangíveis
E meus medos, fracassados.
Por isso, amor...
Deixa-me sonhar, transpor as portas da ilusão
Recriar sentimentos novos,
E senti-los dentro de mim.
Deixa-me acreditar nesta magia,
Nesta alegria, que torna-me quase tua.
Deixa-me alimentar dos teus sentidos
Desta tua energia que me torna mais forte.
Deixa-me sonhar, amor
Que a realidade é fantasia
Que os sonhos nasceram dos sonhos...
E aos poucos...
E vou-te amando... porque
A minha felicidade é tua,
Minha vida é tua.... meus sentimentos são teus....
E eu, já me rendi... a esta embriagues....
Deixa-me sonhar...
Assim como, tu sonhas... comigo.
segunda-feira, 18 de maio de 2009
segunda-feira, 4 de maio de 2009
quinta-feira, 30 de abril de 2009
quarta-feira, 29 de abril de 2009
segunda-feira, 27 de abril de 2009
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Carta de desculpa
Desculpa as palavras ditas.. Sem sentido, que fizeram-te erguer as tuas defesas.
Desculpa-me este meu estado desolado, perdido em lembranças... E esqueci –me que também sentes. Perdoa-me amigo por esta magia que se criou entre nós e eu estupidamente quebrei.
Desculpa-me por tentar incendiar o que a água extinguiu para sempre. Por tentar devolver a luz ao teu olhar já sem vida e fazer-te viver. Eu sei que não me compete a mim salvar-te, mas eu não consigo ver-te adormecido nos teus pesadelos Não consigo ver a dor e a revolta em teus olhos, e ficar serena enquanto tu te deixas abandonar. Desculpa por querer devolver-te a vida... Por não querer permitir que morras, mais uma vez. Desculpa-me meu amigo, por este meu egoísmo em querer fazer-te amar, não a mim, mas a ti próprio.
Desculpa-me por me intrometer nos teus medos e querer afastá-los de ti, para não te ver sofrer. Desculpa-me por me importar contigo. Não te quero perder amigo, pois sem ti perco-me, esmoreço.
Perdoa-me amigo, por tudo isto... e por todo o resto...
quinta-feira, 23 de abril de 2009
terça-feira, 21 de abril de 2009
Foste...
Foste meu sorriso na madrugada
Meu manto em noites frias
Minhas lágrimas na alegria.
Foste o céu que encobria meu corpo
As palavras que nunca disse,
As mágoas que nunca vivi.
Foste meu sonho, meu pesadelo
A minha confusão mais confusa...
Minha névoa, meu terror...
Foste minha vida, já perdida
Minha emoção sempre sentida
O mundo ao meu redor.
Foste uma luz na escuridão
Um esquecimento nunca esquecido
Um fogo que ainda arde.
Foste... és... sempre serás...
Uma recordação sempre presente,
Um amor, para sempre, vivido.
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Para dentro de ti...
Chamas de fogo, entram em mim,
Sinto meu corpo a arder de desejo, de paixão.
Meus sentidos evaporaram-se
E meus sentimentos jazem aqui... a meus pés.
O mundo virou-se do avesso,
E deixei de pensar... apenas sinto....
Tuas mãos percorrerem-me
Com uma doçura infinita
Que quase me mata o coração,
Com um toque tão suave
Que massaja minha alma,
Deixando assim, neste estado
De pura sofreguidão e ansiedade.
Sinto-me aos poucos a queimar
Em lume brando... quente...
Meu corpo rejeita todos os meus apelos
E cobre todos os teus...
Viajo por todos os planetas
Percorro todos os cometas,
E deixo-me ir... mesmo sem querer....
Deixo-me ir,
Para o lugar mais seguro do mundo...
Para dentro de ti.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Como te amo!
Recrio as minhas memorias
Em busca de um sinal de ti.
Oriento-me pelas manhãs de amor...
Em que nossos corpos juram
Palavras de eterna paixão.
Dentro de mim, as fantasias renascem,
Criam-se... mas não se transformam...
Como imagens estáticas vão sobrevoando
Por meus pensamentos delirantes.
Vão aquecendo do o meu corpo
Que já queima de amor.
Entro em completa alucinação,
Buscando sentir esse fogo que me consome,
Que faz arder todos os meus sentidos.
Procuro resposta em palavras breves
Em frases construídas ao acaso,
Tento entender esta ânsia de te ter...
E te querer de todas as formas,
Para no fim, apenas querer mostrar-te...
Como te amo.
terça-feira, 14 de abril de 2009
terça-feira, 31 de março de 2009
Não é mentira!
Não é mentira que meu coração
Bate fora de ritmo ao som do teu chamado.
Que meus membros perdem a vitalidade
E meu corpo cai no chão, inanimado.
Não é mentira que minha voz
Prende-se em minha garganta,
E que não consigo pronunciar
Uma única palavra,
Ao mínimo sinal de ti.
Que meu cérebro atrofia,
E minha mente esquece-se de pensar.
Não é mentira que meus olhos
Brilham ao te ver
E irradiam uma luz tão brilhante
Que ofusca as estrelas.
Não é mentira que invejo o chão que pisas
E amaldiçoou os dias e as noites que te acompanham.
Que escondo meus pensamentos,
Troco meus sentimentos...
Que vagueio em teu olhar....
Não meu amor...
Não é mentira!
Quem és?
Quem és tu, beleza desconhecida
Que vagueias por meus sonhos.
Que fazes de mim
A fonte dos teus anseios.
Que passeias por meus entremeios,
Deixando-me num estado
De pura desolação.
Quem és tu, brandura
Dos meus pensamentos,
Que desfazes meus sentimentos
Em águas de pura paixão.
Oh navegador do amor,
Que conduzes a tua embarcação
Por montanhas de desejos...
Que buscas o que não queres encontrar.
Quem és tu, mal dos meus tormentos
Que recusas o meu alento
E me deixas a pedir por mais.
Quem és tu, que molhas meus olhos,
Com lágrimas de saudade
Deixando-me nesta ansiedade
Sem conta nem medida.
Diz-me.... Quem és tu...
Alma da minha alma...
Fogo do meu fogo...
Paixão da minha existência.
Não quero chorar!
Não quero chorar,
Quando a mágoa apertar-me o peito
E atingir minha alma.
Quando tudo se for
E apenas restar escuridão e vazio.
Não quero esmorecer,
Quando a noite cair sobre mim,
E todos os meus fantasmas
Ganharem cor.
Desejo estar em teus braços,
Quero parar de sentir este medo
Que domina todo o meu infinito,
E que faz mudar todo o sentido de mim.
Não me deixes chorar, meu amor
Afasta a dor do meu coração,
Controla este meu estado de apatia,
Leva-me para o teu coração.
Não deixes este sentimento de terror
Abalar os meus sentidos,
Porque, meu amor...
Não quero chorar.
Oração ao mar...
Mar revolto, mar revolto
Senhor de todas as conquistas,
Inspiração de muitas almas.
Tu, deus dos oceanos,
Que em tuas águas
Banhas sentimentos,
Que curas feridas deixadas pelo tempo.
Tu, que fazes sonhar
Os seres mais nobres,
Que levas a calma aos mais turbulentos.
Oh, mar da minha vida,
Que despertas o mais profundo do meu ser.
Faz-me apaixonar por tuas ondas,
E fantasiar com a esperança.
Mar da minha paixão,
Que transportas no teu dorso a sabedoria,
Que escondes e guardas segredos,
Nunca revelados.
Mar revolto, mar calmo
Leva-me em teu colo
E guarda contigo....
Todos os meus pensamentos.
Meu percurso até ti...
Vivi acordada,
Sem pensar no destino...
Tateei as montanhas da saudade,
Percorri o vale dos desejos,
Em buscar dos teus sentidos.
Encontrei-me a mim... encontrei-te a ti....
Pensei ser só, sem tino, sem destino
Mas minha alma, uniu-se à tua,
Meu coração vive dentro do teu.
E os muros que construi à minha volta,
Tornaram-se pequenos, quase transparentes.
Cortei as amarras que me prendiam
E voei para dentro dos teus sentidos.
Quase morri, nesta minha caminhada
Que parecia quase infinita,
Transladei horizontes em busca do teu amor,
Passei por tempestades,
E quando cheguei ao eu destino...
A luz que iluminava tua vida,
Incendiou tudo o que sou....
E fogo do teu coração
Ainda vive colado ao meu...
Agora.... e para sempre!
Cantando o amor...
Quero sonhar,
Viver nas asas da fantasia
Elaborar a alegria e viver neste estado de alma.
Minha vida é meu lamento,
Nada mais quero para mim...
Pois tenho teu alento...
Quero ficar sempre assim...
Meu pranto em canção,
Poucas palavras eu escrevo,
Não preciso de emoção
Para morar em teu abrigo.
Meu coração pertence aos céus
Aos anjos, aos demónios
Ás nuvens, ao universo.
Grito em prantos minha chama
Que clama por ti, oh meu senhor
Que deste alma a esta dama
A quem levaste o amor.
Dedicado a Hildebrando Menezes
És o meu anjo
Guardas minha vida
Como quem guarda um tesouro
Tens sentimentos de senhor,
Alma de guerreiro.
És uma força invisível
Que torna meu mundo habitável.
Transportas-me nas tuas asas,
Quando não quero lutar mais.
Tua alma cristalina
Irradia a beleza do teu coração.
Teu sorriso quase puro,
Mostra a sinceridade das tuas palavras.
E quando escreves, meu amor...
AH! Quando escreves....
O mundo foge dos meus pés,
Fico cega de paixão,
E começo a navegar em tuas palavras,
Pois elas, são o meu alimento
Para sorrir e continuar vivendo...
És o meu anjo...
Que me salva, que me protege
E que me faz continuar a amar!
À luz do amor...
Tempos idos, memorias lascadas
Por um momento que não passou.
Sentimentos infinitos
Sobre o meu coração,
Dominado por um nervosismo interior
Que atiça a chama da paixão.
Sentidos dispersos por todo o meu corpo
Que recebe o bálsamo da luz do amor
E irradia a mais cristalina felicidade.
Sinto meus membros leves,
Levitando sobre ondas
De ternura e carinho profundo.
Meus medos transformaram-se
Numa névoa clara e fina
Por onde passa uma energia imensa,
Que nunca termina.
O tempo fugiu do sítio
E a eternidade....
Será sempre presente.
A minha outra metade!
Olhei para o céu
E vi teu nome escrito numa nuvem...
O vento suave entoava a nossa canção,
E como num sonho,
Dançávamos ao sabor da sua melodia,
Como se todos os elementos
Que compõem o universo
Estivessem em complô para nos unir.
Foi então que uma onda de fogo
Despertou-me deste meu estado letárgico
E arrebatou todos os meus pensamentos.
Senti para alem da vida
Meu corpo torneado por essa chama que se colou a mim,
Meus medos desapareceram
E deram lugar a uma paz
Harmoniosamente conseguida
Pela visão da tua presença.
Meus sentidos ganharam nova força,
Minha mente clareou e senti-me feliz.
Meus olhos olharam o céu azul e brilhante,
Minhas mãos juntaram-se em oração.
E com minha face já molhada
Apenas pedi que sejas sempre...
A minha outra metade.
quarta-feira, 25 de março de 2009
Para ti, escrevo!
Para ti escrevo poemas,
Não prosas ou versos.
Divago sobre formas,
Sobre almas, sobre corações.
Para ti, elaboro sentimentos,
Falo de alento, de beijos escusos.
Construo pontes na fantasia
Onde podemos ser unos...
Invento fantasmas... e falo sobre ti.
Para ti, escrevo poemas de amor,
De paixão, de medo... de desilusão.
E em meus poemas eu rio, choro,
Deliro, adormeço, acordo.
E em cada um deles eu posso sentir-te,
Amar-te, como se do meu lado estivesses.
Para ti, escrevo... sem sentido,
Palavras soltas, frases feitas,
Não interessa...
Porque quando escrevo...
Tu está sempre comigo.
Quase sem saída!
Meus braços procuram os teus
Numa ânsia desmedida de sentir teu corpo.
O toque suave da tua pele na minha
Faz-me alucinar, percorrer fantasias, quase irreais.
E quando me beijas amor...
Ahhhh, quando me beijas,
Aí caio num doce delírio, quase mortal.
Teus beijos são como suaves carícias
De encontro à minha boca.
Fazem-me viajar em ti...
São pequenas provocações
Que me deixam a querer mais.
E quando sorris,
Teu sorriso traiçoeiro
Denuncia as tuas doces maldades
Que me deixam assim,
Desta forma...
Quase sem saída.
segunda-feira, 16 de março de 2009
E vem a poesia..
Que brotam da minha alma.
Escrevo, palavras desalinhadas
Sobre um papel...
Construo frases frias, quentes....
Amargas doces...
Refaço amores, desfaço ilusões.
Preencho os vazios do meu coração,
Destranco sentidos...
E quando escrevo,
Posso ser tudo...
Um pássaro, uma folha,
Um amor, uma dor.
Descubro novas formas de amar,
Novos caminhos, para percorrer.
Refaço personagens, desfaço mentiras.
E escrevo.... como escrevo....
Palavras em chamas,
E com elas...
Vem a poesia.
sexta-feira, 6 de março de 2009
O amor é assim...
Vem de forma silenciosa
Sem razão aparente...
Arrebata-nos a vida, o coração.
A razão... come-nos a alma.
Deixa-nos num estado letárgico,
Quase de pós-mortem....
Torna-nos fracos, sem sentido,
Faz-nos divagar por entre mundos irreais...
Cria ilusões, fantasias...
Faz-nos tolos, loucos, insanos...
Torna-nos medrosos, insatisfeitos....
Tira-nos a forças, a vontade própria....
E quando damos por nós...
Estamos presos, enterrados...
Incoerentes, incongruentes...
Felizes.... infelizes.....
Vem envolto em contradições,
Em iras, em devaneios,
Mas faz-nos sempre os melhores dos poetas...
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Memórias...
Mexo e remexo nos escombros da minha alma
Procuro uma razão para este sentir,
Desatinado, incerto, deslocado....
Mas minhas memorias, parecem perdidas
Foram-se junto com tua partida...
Procuro, então olhar o horizonte,
Em busca de um sinal da tua ida...
Uma razão, para essa partida tão repentina
Tão sem razão....
E então, já sem saber o que fazer,
Coloco minhas mãos em minha face
E liberto todo o meu sofrimento,
Choro por mim... choro por ti...
Meus sentimentos trocados
Olham-te... perguntam-te porquê?
Mas mais uma vez
Minha pergunta apenas vem em eco,
E a resposta, transportada num silêncio tremendo...
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
E o mundo gira à sua volta...
A manhã despontou,
E dentro do seu quarto, sente um prazer imenso,
Por mais um acordar rodeado dos seus prémios.
Olha em volta,
Tudo está no seu lugar,
Nada mudou de sitio.
As suas pequenas fortunas,
Como lhe chama,
As suas pequenas maravilhas,
Brilham num sol de primavera.
Pensa então,
Como sua vida é perfeita,
Ou quase perfeita,
Se apenas pudesse ter dinheiro para comprar o mundo
E todos, o que nele contem.
Deitado em sua poltrona, feita quase de ouro,
Sente a paz dominar a sua vida.
Um sentimento que sempre o acompanhou,
Desde que se conhece como homem.
Mas um dia, uma tempestade assolou a sua vida,
Dominou seu coração e sua alma,
E atirou-o para um poço fundo e escuro.
E ele, perdido em si,
Deixou-se afundar, no medo
Suas maravilhas, suas riquezas,
Permaneceram intactas sobre sua mesa,
Mas seus sonhos estão a morrer,
Seus bens mais preciosos,
Estão embutidos na parede de seu quarto,
Mas sua mente, perde-se cada vez mais, a cada dia que passa,
Ele sente-se a desfalecer perante a vida,
Mas seu amado dinheiro, permanece intocável.
Até que ele se vai para um outro mundo,
E suas riquezas, permaneceram neste para sempre!
Já falei com o meu amor
Já falei com o meu amor
Já lhe contei os segredos do meu coração,
Como minha alma se alegra
Ao som da sua voz.
Já lhe expus meus argumentos
Já transcrevi meus medos, meus anseios.
Já lhe descobri, a imensidão dos meus sentimentos
E a troca de todos os meus sentidos.
Já falei com o meu amor,
Já lhe propus viver em seu coração
Alimentar a sua sede de paixão
Entregar-me em seus braços
E aninhar-me em seu regaço.
Já lhe disse, o quanto meu mundo
Morre sem a sua presença,
O quanto minha pobre vida
Perde todo o sentido.
Já falei com o meu amor...
E agora pairando sobre as nuvens
E olhando o Céu...
Meus olhos brilham,
A um amor que nunca terá fim!
Para que apenas por instantes...
Quando meu pensamento
Tocou tua alma,
Uma onda de harmonia
Penetrou em meu coração.
Desfiz-me de minhas incertezas
Desvaneci-me no teu corpo
Perscrutei tuas fantasias
Em busca de respostas perfeitas.
Entrei em teu olhar
Procurando ver teu interior
Teus sentimentos belos e puros...
Virei-me do avesso,
Numa busca quase desesperante
De chamar a tua atenção.
Corri atrás de desejos incertos
De memorias gloriosas...
Enfrentei as tempestades
Do meu íntimo
Lutei contra os meus sentidos.
Para que apenas por instantes....
Tu olhasses para dentro de mim...
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Vejo-te sem te olhar...
O dia nasce mais uma vez
Em nossos corações
E uma onda de nostalgia
Começa crescer dentro de nós.
Nossos sentimentos adormecidos
Jazem sobre nossas roupas intactas.
Nossos membros perderam a vitalidade
E permanecem adormecidos junto a nossos corpos.
Quase sem querer,
Começo a ver-te, mas não te olho
O fogo do meu olhar extinguiu-se
Para dar lugar a uma visão,
Já quase sem sentido.
Teus restos estão depositados
Aqui do meu lado,
Já não consigo ver tua alma
Que , provavelmente, morreu junto com a minha.
O Silêncio que paira sobre nós
Parece quase transcendental,
Feito de partes que terminaram,
Restos de uma vida mórbida e vazia.
Os lençóis que nos cobrem estão ainda imaculados,
Intocáveis... quase...
Olho-te bem de perto,
Tentando imaginar teus pensamentos,
Mas um manto de escuridão cobre meus olhos...
E nossos sentidos, foram-se...
Na maré de uma noite sem amor...
Esta minha insanidade...
Atordoei-me por um tempo já sem vida,
Por entre uma memoria já perdida.
Marquei minha distancia de ti, de mim,
E acabei presa nas teias de uma fantasia,
Mascarada de ilusão.
Inventei um tempo só meu,
Onde julguei que crescia,
Que me tornava gente.
Vivi esta minha insanidade
De espírito aberto, livre do preconceito.
Escancarei minha alma,
Desprotegi minhas certezas...
Oh, quanta mágoa atropela minha mente,
Quantos caminhos trocados percorri,
E no fim cansada tive que voltar para trás.
Quantas vezes desisti do meus recomeços,
Para ter que partir de novo.
Quantas vezes, jurei não mais me enganar,
Não mais atraiçoar aquilo que sou,
Para depois confundir-me e trocar meus passos.
Eis meus amigos, aquilo que sou
Uma pobre alma.. uma insana poeta.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Enlaça-me em teus braços
Enlaça-me em teus braços,
Protege-me dos mundos encantados,
Das memorias tristes e agoniantes.
Leva-me para alem dos sonhos,
Para alem da fantasia de desejos realizados.
Faz-me tua mulher, tua princesa,
Tua amante, tua deusa.
Enlaça-me nos teus braços
Deixa-me sentir teu abraço
Quando teu corpo se cola ao meu.
Dá-me teu ombro caridoso,
Fonte de todos os meus anseios,
Guardião dos meus devaneios.
Sê meu refúgio, minha paz,
Meu cobertor em noites frias.
Transporta-me no teu dorso,
Dá-me colo, dá-me conforto.
Enlaça-me nos teus braços,
Não quero partir sozinha...
Deixa-me rebuscar minhas recordações
Dos teus carinhos repletos, completos
De amor para dar.
Quero-te para meu esconderijo,
Quando temer que a noite me leve.
Enlaça-me nos teus braços,
E deixa-me ficar assim
Até que meus olhos se fechem...
De encontro à escuridão que caí sobre nós.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
As chamas da nossa cama... Dueto Hilde & deusaii
Não dá mais para esconder
O que está para ser descoberto
Através das nossas cobertas
Do cheiro intenso do amor
Não dá mais para aguentar
Este sentimento louco
Que teima em permanecer
Colado aos nossos corpos.
Que inebria nossa cama molhada
Magia de dois seres em turbilhão
Dois risos ternos e tortuosos
Vestidos só por palavras doces
Sussurras-me ao ouvido
Versos de intensa paixão
Sinto o frio a percorrer-me
E uma louca paixão a dominar-me.
Testemunham olhares apaixonados
Eletrizados e hipnotizados
Estão entregues ao ato sagrado
Nossas células despertas
Desmancham-se em atos profanos
Muito para além das fantasias
E das ilusões, que mascaram nossos sentidos.
Verdadeiras labaredas em chamas
Como lareiras atiçadas ao vento
Respingam centelhas de fogo ardente
Sem melodramas delirantes
Numa cama feita de magia,
Desfazem-se em mil formas de amor
Distribuem seu calor
Em atos de puro êxtase.
Vibram, contorcem, rebolam
Navegam seus corpos ungidos
Remexem, estremecem, se aquecem
É puro suor que escorre enlouquecido.
Em estado de pura sofreguidão,
Envolvem-se um no outro
Alimentando-se do real prazer
De carnais delícias fantásticas.
Colados, refeitos, desfeitos, satisfeitos
Na liturgia maravilhosa do querer
Estão agora repousados, extasiados, completos
Repletos no ardor, do torpor, do ato proibido
Aconchegam agora, perdidos...
Depois de tanta intensa sedução
Sentem-se simplesmente apaixonados
Por esse envolvimento que os prendem
Vestidos do mais sublime amor bandido
Das fantasias de suas orgias mais vadias
Dos sonhos mais cândidos, belos e floridos
Adormecem e se aquietam exaustos
Foi apenas mais uma noite de amor
Em que nossos sentimentos,
Viveram as emoções envolventes
E ficaram a vaguear por momentos únicos.
No frenesi sinfônico de almas platônicas.
Dueto: Deusaii & Hilde
Catarina Paula Camacho e Hildebrando Menezes
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Como me encanto comigo!
Olho-me ao espelho
Nunca estive tão bonita como hoje.
Sinto uma admiração crescer dentro de mim,
Como se fosse a pessoa mais importante do universo.
Contente comigo própria,
Saio à rua, bela a sensual,
Com o meu vestido brilhante,
E sapatos de brilhantina,
Meu ar confiante, demonstra a beleza de meus passos,
Como se as pedras que piso,
Tivessem que pedir licença aos meus pés.
Meu ar encantador, domina tudo o que existe em mim.
Sem medo, avanço pela rua,
Metida comigo própria.
Minha mente divaga, por meu corpo,
Por minha perfeição...
Todos me olham admirados,
E continuo a passear-me,
À espera que alguém fale da minha beleza,
Mas ninguém me diz nada.
Meu corpo quase perfeito,
Contorna a esquina da rua,
E então, um sentimento incompleto,
Começa a dominar-me.
Vejo apaixonados de mãos dadas,
Num amor quase completo e repleto de sentido.
Vejo pessoas idosas passeando,
Com um ar de felicidade estampado no rosto.
E eu, que sempre me admirei
Que nunca procurei outro amor, que não eu própria,
Deixo-me abater por um sentimento de solidão.
Revejo então, os dias que passei em minha companhia,
Os risos disfarçados pelas conversas comigo própria,
Os sentimentos de amor eterno que nutri apenas por mim,
E então, uma onda de paz toma conta de mim,
Enquanto avanço destemida pela rua,
E penso que minha beleza nunca terá fim.
Vamos dançar?
Meu corpo começa a mover-se
Ao som de uma melodia.
Primeiro, lentamente, depois mais ritmado.
Tu pagas-me na mão e juntos acertamos o compasso.
Começo então a flutuar nos teus braços,
Em rodopios de pura adrenalina e excitação.
Teu suor aos poucos mistura-se com o meu,
E começo a sentir-me embriagada de alegria.
Mais uma volta, e o mundo começa a girar.
Meu pensamento concentrado nos teus passos,
Não se desliga, e lá vamos nós,
Como se nossos corpos, já não nos obedecessem mais.
Sinto-me então, a entrar num outro mundo,
Num universo paralelo cheio de luzes brilhantes.
Já perdi o contacto com a realidade,
Entregue completamente em teus braços.
Nossos pés vagueiam uns pelos outros,
E o ritmo avança,
E sem temor, lá vamos nós em suaves rodopios
Dominados por uma respiração ofegante,
O cansaço, nada quer connosco,
Sentimo-nos até mais energéticos, e mais uma volta.
Agarras-me então na mão, e fazes-me girar em torno de ti.
A música termina,
E tu olhas-me bem dentro dos meus olhos
E apenas perguntas-me: “Vamos dançar?”
E eu, timidamente estendo-te a minha mão,
E lá vamos nós,
Para mais um acto de pura magia.
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Vigio os teus passos!
Vejo-te do outro lado da rua,
E mal sabes tu, que vigio os teus passos,
Que observo atentamente o teu ar atrevido
E quase omnipotente.
Teu andar seguro, pisa as pedras da rua
Que reclamam sempre a tua atenção.
Reparo então, todos os olhares virarem-se para ti,
Quando por breves momentos paras
E olhas na minha direcção, sem me veres.
Meu coração bate descompassadamente,
Enquanto afastas uma mecha de cabelo
Que te cobre a face, em movimentos claros e precisos.
Sinto-me a derreter por dentro,
Como se meu corpo, entrasse em ebulição
E fico estática olhando-te
Sem conseguir disfarçar a minha timidez.
Tu sorris, num sorriso quase perfeito,
Que não esconde teu ar sedutor.
Então, num impulso destemido, sorrio-te de volta.
Tu viras-te e segues teu caminho,
Deixando no ar, um sentimento de magia.
E eu, perdidamente apaixonada,
Olho-te mais uma vez,
Para quando a noite cair,
Sonhar contigo e mais uma vez
Esperar-te no dia seguinte,
E voltar a vigiar teus passos.